Sabe quando você coloca uma pulseira inteligente para registrar sua corrida, calcular a distância percorrida, seus batimentos, seu rendimento, a qualidade do seu sono e enviar todos os dados coletados para o seu celular para ter um relatório de desempenho e dicas específicas para suas necessidades? Esse é um exemplo da Internet das Coisas (Internet of Things – IoT) na sua vida. É um sistema de conexão de dispositivos que se comunicam entre si, associado à análise e processamento de dados, mas em um ambiente, digamos assim, mais doméstico.
Agora vamos olhar em um âmbito maior, aumentando o volume de dados transmitidos. A Internet das Coisas na Indústria (IIoT – Industrial Internet of Things) é um braço da IoT e pode conectar várias etapas da produção. Segundo dados do BNDES, o Brasil terá movimentando U$45 bilhões até 2025, adotando esse tipo de tecnologia. Estariamos vivenciando o prelúdio da 4ª Revolução Industrial, a Indústria 4.0.
A 1ª Revolução Industrial foi a mecânica, em 1780, com a produção em massa. A 2ª foi em 1870, com a revolução elétrica, criando as linhas de montagem. Em seguida tivemos a automação em 1969, com a tecnologia da informação trazendo o desenvolvimento econômico. A 4ª Revolução será um conjunto de tecnologias (física, digital e biológica) para executar de forma coordenada uma ação. Uma dessas tecnologias é a IIoT.
Mas qual é o impacto que essas novas tecnologias podem ter na indústria?
A Embraco, fabricante de compressores para aparelhos de refrigeração, foi premiada pelo desenvolvimento 100% brasileiro do Data Information Insight Learning Intelligence (diili), que é uma plataforma de análise avançada de dados, com sensores conectados aos produtos, que avalia o gasto de energia e temperatura, condições técnicas, performance de vendas e interações com o produto, oferecendo às marcas de bebidas e alimentos uma forma efetiva de gerenciar a performance de freezers e geladeiras comerciais nos pontos de venda.
Outra aplicação prática da Internet das Coisas na Indústria é a criação do chamado “gêmeo digital”, que é um modelo computadorizado idêntico ao real, seja uma máquina, um objeto, ou mesmo um órgão humano, para estudarem seu comportamento e solucionar problemas antes que ocorram. Segue abaixo um video da Siemens que explica o conceito de uma forma muito visual. Vale assistir!
Os setores pioneiros na utilização da Internet das Coisas na Indústria são os de bens de capital (máquinas e equipamentos), agroindústria e automotivo. Diversos segmentos da indústria brasileira precisam de estratégias de digitalização para se tornar competitivos.
As indústrias estão se unindo as startups para encontrarem soluções para esse novo momento da economia global e, para o Brasil, a inovação é uma prioridade nacional e um instrumento estratégico. No Índice Global de Inovação de 2019, que avalia produtividade, investimento em pesquisa e desenvolvimento, exportação de produtos de alta tecnologia, entre outros indicadores, o Brasil ocupa a 66ª posição.
Se o Brasil não sofisticar sua indústria, o recuo da sua participação no PIB continuará diminuindo. No ano passado, o setor industrial representou 11,3% do PIB, o nível mais baixo de todos os tempos. No Ranking Global de Competitividade, elaborado pelo Fórum Econômico Mundial, o Brasil amarga a 71ª posição e uma das causas do seu declínio são os indicadores frustrados nos avanços sociais e ambientais.
A produtividade nacional, que caiu mais de 7% de 2006 a 2016 no Brasil, segundo dados do IBGE e do CNI (Confederação Nacional da Indústria), depende de uma mudança na estrutura das cadeias produtivas, em criar uma nova relação no mercado de trabalho e em criar fábricas do futuro com novas tecnologias. Para começar, as empresas precisam entender esse conceito e fazer uma auto avaliação de onde estão e para onde querem ir. Buscar parceiros de negócio e tecnológicos, bem como investir em soluções que aumentem a produtividade, a eficiência e a competitividade.
Texto inicialmente publicado no LinkedIn: https://www.linkedin.com/pulse/você-conhece-o-termo-iiot-com-dois-saiba-mais-sobre-das-do-val-benes/
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