A ERPLAN já te ajudou a entender diversos aspectos relacionados à saúde e segurança do trabalho. Em artigos recentes, distinguimos perigos e riscos para mapeá-los e demos exemplos de como incorporar inspeções de segurança à rotina da empresa. Mas qual é a importância real dos processos que eliminam riscos e identificam desvios?
O primeiro passo é compreender como acidentes acontecem em uma empresa, fábrica ou linha de produção. Entretanto, a concepção sobre as atividades laborais mudou naturalmente ao longo do tempo e, consequentemente, a maneira de se analisar os fatores que levam à ocorrência de acidentes também mudou. Assim, acidentes eram diferentes antes da Revolução Industrial, durante o processo de modernização da cadeia produtiva ou atualmente com a Indústria 4.0.
No início do século passado, ainda na década de 1930, surgiu o termo “Pirâmide de Desvios”. Cunhada na obra “Industrial Accident Prevention”, de Herbert William Heinrich, a expressão vem acompanhada pela definição de aspectos responsáveis pelo acontecimento de acidentes. Segundo Heinrich, é preciso que uma série de fatores menores se desenvolva para que aconteça um acidente mais grave, e esses acontecimentos são diretamente influenciados por fatores como:
Após analisar 75 mil incidentes com trabalhadores feridos, Herbert William criou uma proporção de incidentes a partir do seu grau de incapacitação. Segundo a primeira versão da “Pirâmide de Desvios”: a cada 300 incidentes sem lesões, 29 lesões leves acontecem e uma pessoa fica definitivamente incapacitada (300 – 29 – 1).
Três décadas mais tarde, no livro “Damage Control”, foi a vez de Frank Bird se propor a construir uma Pirâmide de Desvios, conhecida como “Pirâmide de Bird” e a mais famosa dos modelos que aqui serão apresentados. Após analisar 90 mil incidentes de trabalho com danos a pessoas, ao meio ambiente ou ainda ao patrimônio da empresa, Bird estabeleceu quatro passos e aspectos fundamentais para que fosse possível evita-los:
Com diferente metodologia, a proporção da pirâmide foi naturalmente alterada. Segundo a Pirâmide de Bird: a cada 1 acidente com lesão incapacitante, 100 acidentes com lesão não incapacitante aconteciam e 500 acidentes geravam danos à propriedade da empresa (500-100-1).
Já nos anos 1990, mais próximo temporalmente da Era Digital, uma terceira pirâmide foi criada. Lançando mão de seus mais de 200 anos de know-how, a química norte-americana DuPont desenvolveu seu próprio modelo, baseando-se desta vez na prevenção de riscos.
Enquanto os dois primeiros modelos voltavam-se às perdas, a nova proporção lidava com perigos e riscos que eventualmente cruzavam o caminho dos trabalhadores, gerando incidentes. Assim, a Pirâmide de Desvios da DuPont segue a proporção 30.000 – 300 – 100 – 1: 30.000 desvios – 300 acidentes sem afastamento – 100 acidentes com lesão não incapacitante – 1 acidente com lesão incapacitante.
Pode ser que as proporções apresentadas nos três modelos acima não se apliquem em 100% dos casos. Mas isso acontece porque cada ambiente de trabalho reúne seus próprios desvios e, consequentemente, cada empresa ou negócio tem a sua própria pirâmide. Entretanto, a hierarquização dos incidentes em uma pirâmide reflete de maneira didática o que é de fato mais recorrente na empresa.
Para auxiliar em uma ação ativa que diminua os incidentes, o Diagrama de Pareto pode ser uma ferramenta valiosa. O diagrama consiste em um gráfico de barras baseado no Princípio de Pareto – ou “a regra dos 80/20” –, que organiza incidentes de acordo com a sua frequência. Segundo este conceito, 80% dos problemas têm origem em 20% das causas. Assim, a exibição em um gráfico facilita a identificação de quais problemas devem ser tratados com urgência por gerarem maiores perdas.
Mesmo com a formulação de uma Pirâmide de Desvios baseada nas características de sua empresa e com a aplicação do Princípio de Pareto, pode ser um processo longo e trabalhoso a identificação de desvios que podem causar grandes perdas. Calma. Para isso, você pode contar com a assessoria da ERPLAN!
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