Segundo os dados do Anuário Estatístico de Acidentes de Trabalho, os acidentes de trabalho no Brasil seguem com números alarmantes. Em 2018, foram registrados 576.951 acidentes de trabalho e esse número pode – e deve – ser muito maior. Acontece que acidente de trabalho só é considerado assim quando a pessoa é segurada pelo Regime Geral da Previdência Social, ou seja, somente no caso de empregados com carteira assinada. Um estudo realizado pela Fundacentro estima que, considerando os trabalhadores informais e autônomos, este número possa chegar a 4 milhões por ano.
Mesmo nos casos de empregados com carteira assinada, a subnotificação ainda assim é um problema. Cerca de 18% dos acidentes registrados não tiveram a Comunicação de Acidente de Trabalho – CAT feita. Nestes casos, a informação é obtida via sistema de saúde, prejudicando a apuração de detalhes da ocorrência. Esse panorama, entretanto, vem mudando com o passar dos anos. Em 2012, o percentual de acidentes registrados sem a CAT era de 23% contra os 18% divulgados no último Anuário Estatístico de Acidentes de Trabalho.
Nestes dados, publicados pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, vinculada ao Ministério da Economia, é possível inferir também outras informações. Dois em cada três acidentes de trabalho são relativos a traumatismos, sendo traumatismos de punho e da mão (S60-S69), disparados os acidentes mais comuns, correspondendo a quase 23% dos registrados.
Atualmente, em uma lista com 200 países, o Brasil ocupa o quarto lugar no ranking de países com mais mortes durante o trabalho, atrás somente dos Estados Unidos, Tailândia e China. Se considerar os acidentes de trabalho, ocupamos o quinto lugar, atrás da Colômbia, França, Alemanha e Estados Unidos.
Existem dois tipos de custos para as empresas, os custos segurados e os não segurados. O primeiro é mais visível: é o quanto as empresas gastam com pagamento de RAT – Risco Ambiental do Trabalho (substituto do antigo SAT – Seguro de Acidentes de Trabalho). Os custos não segurados são custos derivados, por exemplo, as despesas com primeiros socorros, o tempo perdido com acidentes e doenças, o retreinamento de mão-de obra, entre muitos outros.
O método de cálculo apresentado é realizado através da estimativa da relação dos custos segurados e os não segurados. Estima-se que essa relação seja para cada um real gasto no custo segurado outros 4 são gastos em custos de não segurados. Considerando os dados de 2009, por exemplo, em que foram gastos R$8,2 bilhões com o pagamento do seguro de acidentes do trabalho (custo segurado), estima-se que o custo total com acidentes e doenças do trabalho, na verdade, foi de R$32,8 bilhões.
Além do custo para as empresas, existe também o impacto na Previdência Social. Em 2018, o total gasto, incluindo auxílios e benefícios, foi de aproximadamente R$12 bilhões. Apenas cerca de 17% dos acidentados não necessitam de afastamento e podem seguir trabalhando normalmente, sem recebimento de qualquer auxílio.
Investir em Segurança do Trabalho é um caminho para aumentar a qualidade de vida dos colaboradores e demais envolvidos, ter controle dos processos internos, reduzir despesas, garantindo maiores chances de ser competitivo na área de atuação. E para ser competitivo não se pode admitir desperdícios – em especial, de vidas humanas.
A percepção dos benefícios da prevenção depende de utilizar-se do processo educativo associado à lógica econômica, fazendo o paralelo entre o investimento em Segurança do Trabalho e as despesas não realizadas com acidentes de trabalho, caso a referida prevenção não fosse efetuada. Esse processo educativo é mais eficaz do que a lógica punitivista.
O propósito da ERPLAN é o de criar tecnologia em prol da preservação da vida, atuando na prevenção dos riscos, otimização de processos e aumento da qualidade da gestão do tempo. Para isso, desenvolvemos uma plataforma digital que gerencia processos da área de Saúde e Segurança do Trabalho, Meio Ambiente e Qualidade, o SICLOPE.
Fontes: Dados estatísticos – Saúde e segurança do trabalhador e Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana
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