Notícias QSMA

METODOLOGIA

O modelo de Heinrich

05/09/2024

O primeiro modelo significativo de segurança do trabalho que surgiu nos Estados Unidos foi o “Sistema de Segurança de Heinrich“, desenvolvido por Herbert William Heinrich na década de 1930. Heinrich foi um pioneiro em segurança industrial e seu trabalho influenciou profundamente as práticas de segurança do trabalho nas décadas seguintes.

Você encontrará neste artigo:

  • O Modelo de Heinrich
  • Proporção 1:29:300
  • Aplicação prática do Modelo

O Modelo de Heinrich

Heinrich desenvolveu a “Teoria do Dominó” para explicar os acidentes de trabalho. Segundo essa teoria, os acidentes são o resultado de uma série de eventos, onde o último evento é precedido por uma cadeia de causas que se assemelham a dominós caindo, que seriam:

1 – Falhas humanas:
Comportamentos inadequados dos trabalhadores, como a não adesão a procedimentos de segurança estabelecidos, podem levar a acidentes e incidentes no ambiente de trabalho.

Essas falhas frequentemente resultam de falta de treinamento, desatenção ou pressões para cumprir metas, evidenciando a necessidade de uma abordagem sistemática.

2 – Condições inseguras:
Falhas nos equipamentos, no ambiente de trabalho ou nos processos operacionais podem criar riscos significativos para a segurança dos trabalhadores.

Essas condições inseguras incluem equipamentos defeituosos, ambientes de trabalho mal projetados e procedimentos inadequados, que aumentam a probabilidade de acidentes e lesões.

3 – Acidente:
O acidente é o evento que causa danos a pessoas, equipamentos ou propriedades, resultando em lesões ou prejuízos.

Esses eventos ocorrem geralmente devido a falhas humanas ou condições inseguras e têm o potencial de interromper operações e comprometer a segurança.

4 – Lesão:
A lesão refere-se ao dano físico ou psicológico sofrido pela pessoa envolvida no acidente. Esse dano pode variar de contusões e fraturas a trauma emocional ou estresse pós-traumático.

A gravidade da lesão afeta não apenas o bem-estar do indivíduo, mas também pode impactar a produtividade e a moral da equipe. É fundamental fornecer tratamento adequado e suporte para a recuperação, além de implementar medidas para prevenir futuros incidentes.

Proporção 1:29:300

Heinrich também propôs a famosa proporção 1:29:300, que sugere que, para cada acidente grave (por exemplo, com lesão grave), há 29 acidentes leves e 300 incidentes sem lesão. Ele argumentou que prevenindo os incidentes menores, poderiam ser evitados os acidentes graves.

  1. Nível da Base
    Incidentes e Condições Perigosas (300):
    • Representa a base da pirâmide e corresponde a aproximadamente 300 incidentes menores ou condições perigosas que ocorrem em um ambiente de trabalho. Estes são eventos ou situações que têm o potencial de causar danos, mas que não resultam em ferimentos graves.
    • Exemplo: Queda de ferramentas não usadas corretamente, pequenos vazamentos de líquidos, condições de trabalho inseguras não imediatamente perceptíveis.
  1. Nível Intermediário
    Acidentes Sem Gravidade (29):
    • Este nível representa cerca de 29 acidentes que resultam em lesões menores, mas que não têm consequências graves. Embora os danos sejam menores, esses acidentes ainda são indicadores de falhas no sistema de segurança que precisam ser abordadas.
    • Exemplo: Pequenos cortes, arranhões, ou contusões que exigem tratamento médico mínimo, mas que não causam falta de trabalho significativa.
  1. Nível Superior
    Acidentes Graves (1):
    • O topo da pirâmide representa o acidente grave ou fatal que ocorre a partir de uma série de incidentes menores não tratados adequadamente. Esse nível é o menos frequente, mas o mais crítico, envolvendo lesões graves ou fatais.
    • Exemplo: Acidente fatal devido a um equipamento inadequado ou condição de trabalho perigosa que não foi abordada.

O modelo de Heinrich enfatizava a prevenção de acidentes por meio de treinamento adequado, supervisão eficaz e condições de trabalho seguras. Ele também enfatizou a importância de uma cultura de segurança forte dentro das organizações. Embora algumas das ideias de Heinrich tenham sido contestadas e evoluíram ao longo do tempo com novas teorias e abordagens, seu trabalho pioneiro estabeleceu as bases para a moderna segurança do trabalho nos Estados Unidos e em muitas partes do mundo.

Heinrich recomenda a investigação sistemática dos acidentes e incidentes menores para identificar as causas raízes e implementar medidas corretivas para evitar futuros acidentes.

Aplicação prática do Modelo

Identificação e correção de incidentes menores
Uma fábrica pode registrar pequenos incidentes, como derramamentos de óleo ou uso incorreto de equipamentos, e usar esses dados para implementar mudanças que evitem problemas mais graves.

Treinamento e conscientização
Realizar treinamentos regulares para todos os funcionários sobre práticas seguras e uso adequado de equipamentos para reduzir a ocorrência de incidentes menores.

Melhoria contínua
Monitorar continuamente as condições de trabalho e os procedimentos de segurança, ajustando as práticas com base na análise de incidentes e acidentes para melhorar a segurança geral.

Embora o Modelo de Heinrich tenha sido fundamental para a compreensão da segurança no trabalho, ele também recebeu críticas. Ele pode ser visto como excessivamente simplista, pois não considera todas as complexidades e variáveis envolvidas na segurança no trabalho. Sua ênfase excessiva em incidentes menores pode desviar a atenção de fatores mais complexos e sistêmicos que também contribuem para acidentes graves.

Desde a criação do modelo, muitas outras teorias e abordagens para segurança no trabalho foram desenvolvidas, mas o Modelo de Heinrich continua a ser uma referência importante para a compreensão da prevenção de acidentes e a importância de abordar os problemas de segurança desde a raiz.

Um sistema de gestão especificamente construído para a área de SSMAQ é extremamente relevante quando utiliza metodologias complementares, que possibilitam que eventos relacionados a área possam ser devidamente controlados e monitorados, extraindo o melhor de diferentes conceitos e este é o caso do SICLOPE. O SICLOPE, diferentemente da maioria das soluções encontradas no mercado – que foram adaptadas de outros setores, foi pensado e criado do zero por profissionais que viveram os desafios das áreas de SSMAQ por décadas. Ao longo dos anos, o SICLOPE vem evoluindo cada vez mais para revolucionar a gestão de SSMAQ.

Quer conhecer o SICLOPE ou sugerir um conteúdo interessante para as áreas de QSMA,
entre em contato conosco pelas nossas redes sociais.

Nossos Módulos

Instalado de forma modular, o SICLOPE atende as necessidades dos nossos clientes da forma mais otimizada possível. A solução garante informação disponível, conhecimento do problema, velocidade e assertividade para as tomadas de decisões e gestão dos riscos do negócio, com foco no fortalecimento da cultura preventiva e atendimento legal. O resultado é o aumento da qualidade da gestão do tempo, com a consequente melhoria da tomada de decisão.

Selecione o abaixo seus módulos de interesse para conhecer melhor cada um deles.

Planos e Ações
Ocorrências em SSMA
Inspeções e Auditorias
Abordagem Comportamental
Comportamento Seguro
Informes e Desvios
Perigos e Riscos
Licenças e Condicionantes
Monitoramento Ambiental
Aspectos e Impactos Ambientais
Partes Interessadas
Treinamentos
Procedimentos
Melhores Práticas