O conceito japonês “Genchi Genbutsu” credita uma boa tomada de decisão à averiguação do problema in loco.
O “Genchi Genbutsu” é uma expressão japonesa que significa “vá e veja por si mesmo”. O termo muitas vezes é traduzido como “calce as botas e faça você!” e seu significado é correlato ao conceito de “Management by Walking Around”: o processo de tomada de decisão deve ser iniciado onde os fatos realmente acontecem, sem transmissão de informações por intermediários. Mais do que um plano de ação, a expressão remete a um hábito ou estado de espírito.
Esse conceito japonês implica no deslocamento dos gestores ao “chão de fábrica” para averiguação da dimensão real do problema. Assim, diminui-se a distância entre chefia, colaboradores e processos ao se minimizar a imprecisão nas informações repassadas aos gestores. No Genchi Genbutsu, esta é a prática que deve ser adotada para compreender o problema de sua origem às consequências: ir até ele.
Isso só é possível ao observar os processos nos locais em que eles ocorrem, o “Gemba” – “onde a ação acontece”. O pressuposto do Genchi Genbutsu é que as informações são repassadas de maneira generalista e, assim, a tomada de decisão é feita com indicadores pouco precisos. Nesse conceito, um diagnóstico preciso só pode ser elaborado com informações coletadas in loco, fora do escritório e o mais próximo possível dos colaboradores.
Quando um problema for detectado, a primeira medida para se solucioná-lo é ir ao Gemba. E é nesse ponto que o hábito de gestão oriental se distancia do ocidental: por lá, gestores deixam seus escritórios e vão ao chão de fábrica; por aqui, despacha-se costumeiramente dos escritórios.
O objetivo da ida ao Gemba é evitar que problemas de rotina observados pelos colaboradores não sejam descritos aos superiores por serem consideradas irrelevantes ou ainda sejam descritos de maneira imprecisa. Afinal, são essas omissões que encobrem informações relevantes para a solução de problemas.
São os pilares do “Genchi Genbutsu”:
O Genchi Genbutsu é o pilar central da gestão na Toyota. Um exemplo prático de sua aplicação foi publicado em um artigo no jornal “Chicago Sun”, no ano de 2004. Um engenheiro da montadora japonesa recebeu a missão de refazer um modelo de veículo para o mercado norte-americano. Para fazer um diagnóstico, o gestor dirigiu o modelo por 53 mil milhas, da Flórida à Califórnia. Ao passar por pontes, cruzar rios e andar por estradas sem asfaltamento, foram identificados problemas na direção, no para-brisa, espaço interno e até mesmo nos assentos.
Teria sido possível produzir esse diagnóstico sem dirigir o carro?
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