A legislação brasileira exige que toda empresa, a depender da relação do seu grau de risco e quantidade de funcionários, deve ter serviços especializados em engenharia de segurança do trabalho e medicina ocupacional. Por exemplo, uma empresa que tenha entre 1 mil e 2 mil funcionários e com grau de risco 3, de acordo com a NR4, precisa ter em seu quadro de colaboradores pelo menos 4 Técnicos de Segurança do Trabalho e 1 Engenheiro de Segurança.
Partindo do pressuposto que as empresas contratem o número mínimo de funcionários exigido por lei, neste exemplo, existe uma relação de 1 TST a cada 500 colaboradores, fazendo a prevenção diária de riscos, criando, cobrando e fiscalizando uma série de procedimentos relativos à segurança e saúde (confira a tabela com todas as atribuições dos Técnicos de Segurança segundo o Ministério do Trabalho e Emprego). Tal cenário gera um volume de trabalho intenso, sendo comum que os profissionais dessas áreas tenham dificuldade em dar visibilidade e comunicar os andamentos e resultados de todos os seus processos, culminando, geralmente, em sobrecarga de trabalho e escolha de realização de determinadas ações em detrimento de outras, a julgar pelos riscos envolvidos.
Vamos demonstrar com um exemplo real. Em um estudo de caso realizado em uma empresa de saneamento, os procedimentos internos da organização exigem que sejam realizadas, no mínimo, 121 inspeções de segurança em temas diversos, tais como: coletas diurnas, noturnas e hospitalares, serviços, varrição diurna e noturna, portaria, suprimentos, operacional, sede, copa, pátio, dentre outros. Foram destacados dois técnicos para a realização dessas inspeções, que possuem, em média, 20 itens cada. Só aqui, temos um total de 2.420 itens a serem inspecionados mensalmente, ou seja, 1.210 itens por técnico.
Nesse mesmo estudo, identificamos que em 12% dos itens verificados foram encontradas não conformidades. Isso significa que, todo mês, dos 2.420 itens verificados, 290 foram problemas que precisavam ser corrigidos, gerando a demanda extra da necessidade de se registrar e reportar aos responsáveis das áreas, além do acompanhamento da resolução deles. Em resumo, cada técnico tem que verificar 1.210 itens e acompanhar a resolução de 145 deles, ou seja, quase 5 problemas por dia, se contarmos os 30 dias no mês, sem folga. Quando virar o mês, a contagem recomeça. Os problemas que não foram totalmente solucionados no mês anterior serão somados aos do mês corrente, virando uma bola de neve de problemas (de todos os tamanhos e riscos). E acredite, isso é só uma parte da rotina deles.
Tal cenário se repete em praticamente todos os segmentos que pesquisamos, tendo correlação direta entre o grau de risco e o número de colaboradores. Quanto maior forem essas duas variáveis, maior a complexidade dos processos e, portanto, o volume de trabalho para acompanhamento. Observamos que, em geral, o volume de trabalho da área de Segurança é muito maior do que sua capacidade de atender, aumentando a necessidade de ferramentas e tecnologias que auxiliem os profissionais na execução das demandas. Sem isso, em algum momento, os TST’s terão que escolher entre continuar executando rotinas de avaliação dos riscos e as tratativas propriamente ditas dos problemas anteriormente encontrados. Em resumo: ou eles tratam o que encontraram e fecham os olhos para problemas novos ou continuam monitorando e tratando apenas um percentual dos problemas encontrados. Tudo, não dá.
A principal implicação de não se tratar todos os problemas encontrados é em relação à criticidade dos mesmos, pois é uma área cujo principal objetivo é lidar com vidas, impactando dezenas, centenas ou até milhares de pessoas. Além disso, tais problemas afetam diretamente na produtividade e nos custos, muito maiores do que a maioria imagina. O investimento na área de Saúde e Segurança do Trabalho não deve ser visto como um gasto, muito pelo contrário, a redução de acidentes, a diminuição do absenteísmo, a melhoria do clima organizacional e a redução de tributos, gastos diretos e indiretos são apenas alguns benefícios que retornam de forma significativa para a empresa.
Como resolver o desafio apresentado nesse estudo de caso?
Para esse desafio em específico, o ideal é utilizar tecnologias móveis como aplicativos especializados para a coleta das informações de campo. Apenas com uma ferramenta como essa é possível realizar um número relativamente grande de inspeções com um número pequeno de profissionais, uma vez que tal tecnologia promove velocidade e garante conformidade na coleta. Conheça o nosso módulo de Inspeções e Auditorias e entenda melhor como tudo isso funciona.
Uma segunda etapa para esse desafio é utilizar uma modo sistêmico de envolver todas as pessoas necessárias para a resoluções dos problemas encontrados como, por exemplo, os responsáveis pelas áreas e/ou pelos processos, seus gestores e outras partes interessadas. Além disso, há de se criar uma maneira de acompanhar o andamento das solicitações, uma vez que sabemos que muitos dos problemas de segurança encontrados não são possíveis de se resolverem de imediato. Logo, é necessário um prazo para a execução das demandas, que deve ser acompanhado e gerido dentro dos limites da segurança. Nosso módulo de Planos e Ações realiza todos esses trabalhos para você, sem a necessidade de ficar cobrando individualmente todos os envolvidos no plano.
Instalado de forma modular, o SICLOPE atende as necessidades dos nossos clientes da forma mais otimizada possível. A solução garante informação disponível, conhecimento do problema, velocidade e assertividade para as tomadas de decisões e gestão dos riscos do negócio, com foco no fortalecimento da cultura preventiva e atendimento legal. O resultado é o aumento da qualidade da gestão do tempo, com a consequente melhoria da tomada de decisão.
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