A segurança é um dos pilares fundamentais da existência humana. Desde tempos primitivos, buscamos formas de proteger a nós mesmos e àqueles ao nosso redor. No entanto, há uma diferença fundamental entre estar seguro e sentir-se seguro. Embora pareçam conceitos equivalentes, a distinção entre os dois pode impactar profundamente nossas decisões, nosso comportamento e até mesmo nossa cultura organizacional.
Estar seguro significa, objetivamente, estar em uma condição na qual os riscos foram minimizados ou controlados. É um estado factual, baseado em medidas concretas, como infraestrutura reforçada, políticas bem estabelecidas e cumprimento de protocolos de segurança.
Exemplos incluem:
🚗 Um carro com airbags e cintos de segurança funcionando corretamente.
🏢 Um ambiente de trabalho com protocolos de segurança bem definidos.
🔒 Uma empresa que protege seus dados com firewalls e criptografia avançada.
A segurança real pode ser mensurada e testada, independentemente da percepção individual de cada pessoa.
Sentir-se seguro, por outro lado, está ligado à percepção individual e emocional da segurança. Muitas vezes, nos sentimos seguros não porque realmente estamos protegidos, mas porque desconhecemos os riscos envolvidos.
Alguns exemplos comuns:
🚦 Pessoas que dirigem sem cinto de segurança porque “nunca aconteceu nada“.
📈 Empreendedores que assumem riscos sem conhecer totalmente as possíveis consequências.
🦺 Trabalhadores que confiam em sua experiência para realizar tarefas perigosas sem os devidos equipamentos de proteção.
A sensação de segurança, portanto, pode ser ilusória e influenciada por fatores como confiança pessoal, desconhecimento dos perigos reais e cultura organizacional.
A forma como a sociedade lida com o risco afeta diretamente a relação entre estar e sentir-se seguro. Nossa educação nos ensina que “quem não arrisca, não petisca“, incentivando a inovação e o improviso. Muitas vezes, somos estimulados a “sair da zona de conforto” e enfrentar desafios sem necessariamente avaliar as implicações reais.
No livro Antifrágil, Nassim Taleb argumenta que algumas estruturas se fortalecem com o caos e a incerteza, mas isso não significa que todos os sistemas devam ser expostos ao risco sem planejamento. A segurança no trabalho, por exemplo, não se trata apenas de aceitar riscos para evoluir, mas de preservar vidas, famílias e o próprio negócio.
Empresas que negligenciam a segurança em nome da inovação podem acabar prejudicando seus colaboradores e criando um ambiente insustentável a longo prazo. Por outro lado, um excesso de proteção pode impedir a adaptação e a melhoria contínua. O desafio é encontrar um equilíbrio entre proteção e desenvolvimento, garantindo que o aprendizado aconteça sem colocar pessoas em perigo.
Um erro comum nas organizações é tratar a segurança como um departamento isolado, quando na verdade ela deveria ser uma condição intrínseca ao ambiente de trabalho. A segurança não é apenas responsabilidade do setor de compliance, do time de segurança da informação ou do engenheiro de segurança do trabalho – ela precisa estar incorporada na cultura e na mentalidade de todos os colaboradores.
Uma empresa que entende a segurança como um pilar estratégico:
📚 Educa constantemente seus funcionários sobre riscos e melhores práticas.
🗣️ Estimula a comunicação aberta para qualquer pessoa reportar preocupações de segurança.
💡 Garante que a inovação ocorra dentro de um ambiente controlado e estruturado.
A diferença entre estar seguro e sentir-se seguro é uma das grandes armadilhas da percepção humana. A segurança real exige medidas concretas, enquanto a sensação de segurança pode ser enganosa, levando indivíduos e organizações a subestimarem riscos.
A chave está no equilíbrio: reconhecer que correr riscos faz parte do crescimento, mas que esses riscos devem ser calculados e gerenciados. Assim, podemos fomentar uma cultura que valorize a inovação sem comprometer a segurança, garantindo que as decisões sejam tomadas com plena consciência das consequências.
No fim das contas, a segurança deve ser mais do que um setor – ela precisa ser um valor compartilhado e vivido por todos.
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