É uma abordagem criativa e centrada no ser humano para resolver problemas e gerar inovação. Ele se concentra em entender profundamente as necessidades, desejos e experiências das pessoas envolvidas, a fim de criar soluções relevantes e eficazes. Essa abordagem não se limita apenas ao design visual, mas pode ser aplicada a uma ampla gama de campos, incluindo negócios, tecnologia, saúde, educação e muito mais.
O Design Thinking valoriza a colaboração, a criatividade e a experimentação, enfatizando a importância de abordar problemas de maneira holística e integrada. Ele busca criar soluções que vão além do óbvio, incorporando a perspectiva das pessoas para as quais os resultados estão sendo desenvolvidos.
Ele geralmente é composto por uma série de etapas iterativas e interconectadas, que permitem abordar problemas complexos de maneira criativa e centrada no usuário. Aqui estão as etapas típicas do processo:
Obter uma compreensão profunda dos usuários e stakeholders envolvidos no problema.
Sintetizar as informações coletadas na etapa de empatia para identificar padrões e insights. Refinar o problema ou desafio a ser resolvido de forma clara e focada. Criar uma declaração de problema que oriente o processo de design.
Realizar sessões de brainstorming para gerar uma ampla gama de ideias. Encorajar a criatividade e pensamento “fora da caixa”. Não julgar ou descartar ideias neste estágio, buscando quantidade em vez de qualidade.
Criar protótipos tangíveis e visualizações simples das soluções propostas. Os protótipos podem variar de desenhos em papel a modelos físicos ou digitais interativos.
Colocar os protótipos nas mãos dos usuários reais ou representativos. Observar como os usuários interagem com os protótipos e coletar feedback. Identificar o que funciona bem e o que precisa ser ajustado.
Com base no feedback da testagem, fazer ajustes nos protótipos e melhorar as soluções.
Isso permite refinar gradualmente as soluções até que atendam às necessidades dos usuários de maneira eficaz.
É importante observar que o Design Thinking não é um processo linear. As etapas podem se sobrepor e se repetir, dependendo das informações coletadas e dos insights ganhos durante o processo. A flexibilidade é uma característica fundamental, pois ele se adapta às necessidades do problema e às descobertas feitas ao longo do caminho.
Além dessas etapas principais, também é comum ver algumas variações e adaptações do processo, dependendo da fonte ou da aplicação específica do Design Thinking. O objetivo é sempre promover a inovação centrada no usuário e a resolução eficaz de problemas.
O Design Thinking pode ser aplicado de maneira muito eficaz na área de Segurança e Saúde no Trabalho (SST) para identificar, resolver e prevenir problemas relacionados à segurança, saúde e bem-estar dos trabalhadores.
Alcione Alves é Técnica de SST e facilitadora de aprendizagem na área, utiliza a abordagem do Design Thinking no seu trabalho e nos explica que utiliza a ferramenta para solucionar problemas, especialmente mudança de comportamento.
“Focamos em ambientes controlados para resolver problemas, prototipamos soluções, as colocamos em prática e avaliamos o desempenho para replicar em escala maior.”
Desenho de características de um Espaço Confinado, feito por Alcione.
Através da fase de empatia, é possível entender melhor as preocupações, desafios e necessidades dos trabalhadores em relação à segurança e saúde. Isso permite que as soluções sejam direcionadas de maneira mais eficaz para abordar os problemas reais.
A abordagem de Design Thinking encoraja a geração de ideias criativas e inovadoras para resolver problemas. Isso pode levar ao desenvolvimento de soluções que podem melhorar a segurança, a ergonomia e a saúde dos trabalhadores de maneiras que talvez não tenham sido consideradas anteriormente.
Desenho explicativo da CIPA, feito por Alcione.
A criação de protótipos para testar ideias antes de implementá-las em larga escala permite que as soluções sejam avaliadas e refinadas com base no feedback dos usuários, minimizando riscos e garantindo sua eficácia antes da implementação completa, explica Alcione. “O Design Thinking nos dá agilidade para resolver problemas em escala menor. E se funcionar, expandimos para todo o grupo.”
Ao envolver os funcionários no processo de Design Thinking, eles se tornam parte ativa da busca por soluções. Isso pode aumentar o comprometimento e a aceitação das mudanças propostas, uma vez que eles tiveram a oportunidade de contribuir para o desenvolvimento das soluções.
A abordagem centrada no ser humano do Design Thinking incentiva a consideração das perspectivas de todas as partes envolvidas. Isso é especialmente importante na SST, pois os desafios de segurança e saúde podem ser complexos e envolver várias partes interessadas.
Ao analisar profundamente os desafios de segurança e saúde no ambiente de trabalho, o Design Thinking pode ajudar a identificar fatores de risco subjacentes e criar soluções que previnam acidentes e doenças ocupacionais.
Desenho explicativo da Pirâmide de Bird, feito por Alcione.
O processo iterativo do Design Thinking permite que as soluções sejam continuamente aprimoradas e ajustadas com base no feedback e nas mudanças no ambiente de trabalho, contribuindo para uma melhoria contínua da área de SST. Alcione diz que “Esta é uma área ainda bastante resistente às inovações, mas aos poucos as mudanças acontecem.”
Em resumo, o Design Thinking pode trazer uma abordagem mais centrada nas pessoas e inovadora para a área de SST, resultando em soluções mais eficazes, engajamento dos funcionários e, por fim, ambientes de trabalho mais seguros e saudáveis.
“O que mais temos em SST são problemas e nem sempre buscamos alternativas simples para resolvê-los. Muitas vezes queremos resultados rápidos e mudanças de comportamento de todos ao mesmo tempo, esquecendo as individualidades. O Design Thinking consegue enxergar o indivíduo e testar possibilidades.”
Em parceira com a Alcione Alves, desenvolvemos o game: “Prevenção em Jogo” visando contribuir com a formação e aprendizados dos profissionais das áreas de SSMA, de uma forma lúdica e interativa. Nosso objetivo é ajudar no processo de aprendizado em relação a área de QSMA. Clique aqui para fazer o download do jogo GRÁTIS.
Alcione Alves: Técnico de Segurança do Trabalho; Facilitadora de Aprendizagem; Criadora do livro “Normas Regulamentadoras em Mapas Mentais”.
Instalado de forma modular, o SICLOPE atende as necessidades dos nossos clientes da forma mais otimizada possível. A solução garante informação disponível, conhecimento do problema, velocidade e assertividade para as tomadas de decisões e gestão dos riscos do negócio, com foco no fortalecimento da cultura preventiva e atendimento legal. O resultado é o aumento da qualidade da gestão do tempo, com a consequente melhoria da tomada de decisão.
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