É comum encontrar pessoas que descobrem que para ingressar na área de Segurança, Saúde e Meio Ambiente (SSMA), nem todos os profissionais tiveram formação superior, entretanto, muitos possuem salários atrativos, como você pode ler neste artigo e, a partir daí, se interessarem pela área.
Muitos aspectos da área de SSMA podem ser aprendidos por meio de cursos técnicos, treinamentos profissionalizantes e experiência prática. Algumas empresas podem valorizar mais a experiência no campo ou certificações específicas do que a formação acadêmica formal. Para alguns indivíduos, questões financeiras ou dificuldades de acesso à educação superior também podem ser um obstáculo. No entanto, é importante ressaltar que a formação superior pode proporcionar uma compreensão mais profunda dos princípios científicos e regulatórios que regem as áreas de SSMA, preparando os profissionais para assumir cargos de maior responsabilidade e liderança na área.
Segundo o site Vagas, a maioria dos profissionais de SSMA tiveram graduação em Engenharia de Produção, em Engenharia Ambiental ou cursaram até o Ensino Médio (2º Grau).
Uma maneira comum de entrar na área de SSMA é obter uma educação formal em campos relacionados à Engenharia ou Segurança do Trabalho. Isso pode ser alcançado por meio de cursos técnicos, graduações ou pós-graduações.
Maiores de 16 anos que concluíram ou estão cursando o Ensino Médio podem fazer um Curso de Técnico em Segurança do Trabalho (TST), onde poderão aprender sobre legislação, sistema de segurança e saúde no trabalho, prevenção e controle de riscos, tecnologias de prevenção e combate a incêndio e suporte emergencial à vida, meio ambiente e qualidade de vida, ergonomia, desenho técnico e doenças ocupacionais e poderão atuar em instituições públicas e privadas, bem como fabricantes e representantes de equipamentos de segurança. Vale ressaltar que, embora seja possível realizar o ensino médio e o curso técnico paralelamente, para se realizar o registro Ministério do Trabalho e Emprego e assim poder atuar como TST é preciso que ambos estejam concluídos e aprovados.
No Brasil, a legislação relacionada à formação do profissional de Segurança, Saúde e Meio Ambiente (SSMA) abrange várias áreas e é regida por diferentes leis e normas, por exemplo, Lei nº 7.410/1985 que regulamenta a profissão de Técnico de Segurança do Trabalho, estabelecendo as competências e atribuições desse profissional na área de prevenção de acidentes e doenças ocupacionais.
Uma pessoa que concluiu o Ensino Médio ou Nível Técnico pode procurar, por exemplo, um Curso Superior de Tecnólogo em Segurança do Trabalho para capacitar os alunos a atuarem em empresas públicas e/ou privadas, com objetivos que incluem a interpretação e aplicação das normas e legislação vigentes, avaliação e controle dos diversos tipos de riscos, entendimento e utilização adequada dos resultados das análises realizadas, conhecimento sobre equipamentos de proteção individual e coletiva, implementação de ações de gerenciamento para proteção dos trabalhadores, entre outros assuntos abordados.
Existem também várias certificações reconhecidas na área de SSMA que podem ajudar a aumentar suas credenciais e qualificações. Certificações como a ISO 45001 (Sistema de Gestão em Segurança e Saúde Ocupacional) ou a ISO 14001 (Sistema de Gestão Ambiental) são amplamente reconhecidas e valorizadas no mercado de trabalho.
Após formado no curso técnico em Segurança do Trabalho, o interessado pode fazer cursos complementares. O Ministério da Educação (MEC), por meio do Catálogo Nacional de Cursos Técnicos (CNCT), lista as principais possibilidades de formação continuada. São elas:
• Especialização técnica em higiene ocupacional;
• Especialização técnica em ergonomia;
• Especialização técnica em prevenção e combate a incêndio;
• Especialização técnica em meio ambiente;
• Especialização técnica em segurança do trabalho na construção civil;
• Especialização técnica em segurança do trabalho em petróleo e gás.
O que é o Catálogo Nacional de Cursos Técnicos?
O Catálogo Nacional de Cursos Técnicos (CNCT), aprovado pelo Conselho Nacional de Educação (CNE), disciplina a oferta de cursos de educação profissional técnica de nível médio para orientar e informar as instituições de ensino, os estudantes, as empresas e a sociedade em geral. Seu conteúdo é atualizado periodicamente pelo Ministério da Educação para contemplar novas demandas socioeducacionais.
Estágios, trabalhos voluntários ou empregos de nível básico em empresas ou organizações relacionadas à SSMA podem fornecer experiência prática e exposição ao campo. Isso também pode ajudar a construir uma rede de contatos profissionais importantes.
Além do conhecimento técnico, habilidades interpessoais, como comunicação eficaz, capacidade de liderança, resolução de problemas e trabalho em equipe, são essenciais na área de SSMA. Desenvolver e aprimorar essas habilidades pode ser tão importante quanto adquirir conhecimento técnico.
Associar-se a organizações profissionais relacionadas à SSMA pode fornecer oportunidades para networking, aprendizado contínuo e desenvolvimento profissional. Exemplos incluem a Associação Brasileira de Engenharia de Segurança do Trabalho (ABESST), a Associação Nacional de Engenharia de Segurança do Trabalho (ANEST) e a Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (ABES).
A área de SSMA está em constante evolução devido a mudanças regulatórias, avanços tecnológicos e descobertas científicas. É importante manter-se atualizado com as últimas tendências, regulamentos e melhores práticas por meio de educação continuada, participação em workshops e conferências, e leitura de publicações relevantes.
Seguindo essas etapas e mantendo-se dedicado ao aprendizado e ao desenvolvimento contínuo, é possível ingressar e progredir em uma carreira gratificante na área de Segurança, Saúde e Meio Ambiente.
1 – Formação técnica
Formação em segurança do trabalho de curso reconhecido pelo Ministério da Educação, com duração que pode variar entre 18 e 24 meses.
2 – Estágio supervisionado
O estágio é uma oportunidade de colocar em prática os conhecimentos adquiridos em sala de aula e tornando mais familiar a experiência no ambiente de trabalho e o desenvolvimento de habilidades específicas.
3 – Registro no MTE
Com a conclusão do curso e do estágio, o técnico precisa se registrar no Ministério do Trabalho e Emprego, obtendo assim o Certificado de Registro Profissional, que confere legalidade para sua atuação no mercado de trabalho.
4 – Reciclagens, habilidades, competências e experiência prática
As individualidades dos profissionais, como sua atualização profissional, habilidades nas chamadas hardskills e softskills (veja quadro), experiências e vivências são também muito relevantes.
Hardskills e Softskills
A palavra “skills” vem do idioma inglês e significa habilidades. No campo do conhecimento moderno, dividem-se as habilidades nas chamadas hardskills e softskills. As primeiras, hardskills, referem-se à capacidade da aplicação do conhecimento técnico, que geralmente são comprovadas por meio de diplomas e certificados. Nas áreas de SSMA, podemos citar como exemplos de hardskills a própria formação acadêmica, conhecimento de legislação aplicável, cursos complementares, dentre outros.
Já as softskills, são as demais habilidades não necessariamente técnicas da nossa área de atuação, mas que influenciam na evolução do desenvolvimento de carreira e alcance de resultados. Exemplos de softskills que podem ser aplicadas nas áreas de SSMA são comunicação, relacionamento interpessoal, empatia, organização, gestão de prazos, planejamento e negociação.
A portaria do 671 do Ministério Público do Trabalho (MPT), de 8 de novembro de 2021, no seu artigo 130, consolida as atividades do TST, tais como:
Clique aqui para acessar a portaria e ler a lista completa de atividades.
Apresentamos neste artigo quais são as formações acadêmicas típicas ao se trilhar a carreira de SSMA, no entanto, existem também trilhas de formações complementares que acreditamos beneficiar o profissional por meio da aquisição de um conjunto de habilidades condizentes com o momento da sociedade em que vivemos.
Para além da formação técnica, o profissional que tiver também conhecimentos em campos como o de gestão de pessoas, comportamentos e fatores humanos, comunicação não violenta, negociação, defesa de investimentos, gestão de projetos e tecnologia, certamente irá se destacar no mercado. Existem muitos cursos livres ofertados gratuitamente contemplando conteúdos como esses. Você pode começar, por exemplo, assistindo nossa masterclass gratuita ensinando sobre como utilizar o FAP (Fator Acidentário de Prevenção) como base para defesa de investimentos nas áreas de SST, clicando neste link aqui.
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