Aqueles que encontram um ambiente de trabalho que valoriza sua expertise e os capacita a fazer a diferença na segurança e no bem-estar dos colaboradores e no meio ambiente tendem a experimentar uma maior satisfação profissional. Enquanto alguns estão realizados com sua vida profissional, outros querem avançar hierarquicamente, ter novos desafios e receber salários maiores.
Paulo Cesar Pimenta, da Carreira em SSMA, mentoria especializada em carreira na área de SSMA, explica que a posição máxima que o profissional pode alcançar é aquela que o seu crescimento na carreira lhe permite ocupar, ou seja, é a capacidade do profissional de desenvolver competências para exercer posições acima da sua.
“Como diz o ditado, “aquele que vai ser, já é”, assim, o profissional deve estar pronto para novos cargos e posições, mesmo antes de assumir.”
Paulo Cesar Pimenta é Engenheiro Químico, com pós-graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho, Engenharia de Meio Ambiente e Administração de Empresas. Possui também MBA pela Fundação Dom Cabral e é coach e analista comportamental pelo Instituto Brasileiro de Coaching. Atualmente trabalha como Mentor de Carreira para profissionais de SSMA.
Paulo acredita que a boa formação técnica foi diferencial no passado, mas atualmente, a abordagem da carreira é multidimensional e engloba:
Os recrutadores passaram a realizar não apenas entrevistas técnicas, mas também avaliar as competências dos candidatos.
“Nas empresas por onde passei, como parte do processo seletivo, um soldador tinha que soldar uma peça. Já um profissional de SSMA tinha que mostrar suas competências. Assim, o diploma somente valida sua capacidade para exercer a função, mas não garante a boa performance quando atua.”
O engenheiro acrescenta que o conhecimento técnico será sempre importante desde que esteja sempre atualizado.
“Segundo estudos, o conhecimento está dobrando a cada 13 meses e se manter atualizado é uma tarefa difícil.”
A noção de que o conhecimento está se expandindo rapidamente e que manter-se atualizado é uma tarefa desafiadora é amplamente aceita no mundo atual, especialmente com os avanços tecnológicos e a rápida evolução em diversas áreas do conhecimento. Para explicar essa tendência podemos usar como ponto de partida a Lei de Moore.
A Lei de Moore é uma observação formulada por Gordon Moore, cofundador da Intel, em 1965. Ele notou que o número de transistores em um circuito integrado, ou seja, a densidade de transistores em um chip de computador, estava dobrando aproximadamente a cada dois anos.
Essa lei tornou-se um princípio fundamental na indústria de tecnologia e tem sido uma força motriz por trás do rápido avanço da eletrônica e da computação e, embora tenha sido inicialmente aplicada aos transistores e à capacidade de processamento, ela também foi ampliada para descrever o ritmo de progresso na tecnologia e seus impactos em diversas esferas da sociedade.
Essa percepção reflete a necessidade constante de aprendizado contínuo e adaptação por parte dos profissionais em um ambiente em constante mudança.
“A implementação destas atualizações técnicas exigirá do profissional comportamentos diferenciados. Já não bastassem as mudanças trazidas pelas tecnologias: Inteligência Artificial, Internet das Coisas e Big Data, temos que conviver com diferentes formas de pensar, de ver o mundo e de se relacionar, e ainda lidar com as novas gerações. O profissional de sucesso tem que ter o comportamento adequado para saber entender e trabalhar com as diferentes gerações, a fim de obter delas a alta performance. Manter-se atualizado é difícil e fundamental, mas desenvolver as competências comportamentais para crescer, para mim, é o maior desafio e poucos ensinam isto.”
Paulo nos conta que o principal canal que utiliza é o LinkedIn, onde tem uma rede forte e consegue se manter atualizado por ela. Ele explica que tem acesso a todas as redes sociais, mas o LinkedIn e os sites oficiais do governo são o que o mantém atualizado sobre o mercado. Outras fontes de atualização são a manutenção do networking, participação em feiras de segurança e podcasts, como o do pessoal da Análise de Risco.
Ele complementa que segue alguns influenciadores para “abrir sua cabeça” e consolidar seus conhecimentos. Ele aponta alguns nomes, entre eles:
“Há muito conhecimento sendo gerado e estas pessoas que eu sigo trazem visões diferentes sobre o mesmo assunto que trato em minha mentoria e me abrem oportunidades para ensinar de forma diferente.”
Paulo complementa dizendo que hoje temos acesso mais rápido e fácil a atualizações, a novas tecnologias, e conhecimentos que no passado eram restritos a poucos. A informação está democratizada e acessível a quem quiser. Por meio de suas redes, o mentor de carreira também atualiza sua audiência sobre as tendências do mercado e oportunidades de crescimento. “Vejo que isso auxilia a todos os profissionais a se desenvolverem, crescerem na carreira, ganharem bem e serem referência no mercado.”
No artigo sobre a formação acadêmica dos profissionais de SSMA, falamos um pouco sobre as chamadas soft skills. Paulo Cesar Pimenta diz que três competências são básicas para permitir que o profissional cresça frente às soft skills: adaptabilidade, flexibilidade e resiliência. Porém, ele vai mais além desse conceito contemporâneo quando aborda a necessidade do protagonismo.
“O protagonismo leva o profissional a querer se desenvolver e a procurar as soft skills necessárias para o seu crescimento. Sem o protagonismo, não há como dar um passo sequer para sair da zona de conforto.”
Ele explica que quando um profissional se depara com a necessidade de desenvolver um comportamento, é porque há vontade de querer avançar, e isso acontece porque ele já é um protagonista. Porém, o que fará esse profissional absorver uma nova competência são suas características de adaptabilidade, flexibilidade e resiliência. Não é possível mudar um comportamento do dia para a noite. Muito embora os reflexos sejam quase imediatos, o profissional tem que saber que falhas ocorrerão até o momento em que o comportamento se torne rotina. Tendo isto, é possível se aprofundar nas soft skills que cada indivíduo tem e precisa reforçar ou desenvolver, complementa Paulo.
O mentor de carreira nos conta que, levando em consideração a sua experiência, quando falamos de performance, estamos falando não do conhecimento técnico, mas da habilidade do indivíduo de fazer a coisa acontecer, onde reside toda a dificuldade profissional. Ele traz como exemplo um comprador numa loja de veículos, diferente da área de SSMA, não é o gosto do vendedor que importa, mas sim do comprador.
“Por que na área de SSMA fazemos o que queremos? Apoiamos nossas forças nas leis e regulamentos que devem ser cumpridos e colocamos as pessoas em segundo plano. A falta de habilidade, entendimento e empatia é o que dificulta a vida do profissional de SSMA. Desenvolver essa habilidade significa romper qualquer dificuldade e permitir crescimento na carreira, melhorar sua remuneração e se tornar referência na área.”
No panorama dinâmico e altamente competitivo dos negócios contemporâneos, a importância das decisões baseadas em dados tornou-se fundamental para o sucesso organizacional.
“Eu sempre utilizei dados para tomar ações na área de SSMA, desde o mais simples, por exemplo: partes do corpo afetadas por acidentes devem ser priorizadas em campanhas; até os mais complexos, como por exemplo, elaborar o planejamento estratégico de SSMA para 5 anos. Só há uma forma de se tomar decisões na área de SSMA e é baseada no que está acontecendo na empresa. Os indicadores, uma vez estruturados e confiáveis, fornecem todas as informações para definição das ações das áreas de Segurança do Trabalho, Saúde Ocupacional e Meio Ambiente. Sempre fiz questão de separar as áreas, pois há dados que fazem mais sentido para uma área específica.”
Em vez de depender exclusivamente de intuições ou suposições, as empresas estão cada vez mais recorrendo à análise de dados para embasar suas escolhas estratégicas. Essa abordagem não apenas aumenta a precisão das decisões, mas também proporciona uma compreensão mais profunda dos mercados, clientes e operações internas.
“No meu primeiro dia no curso de engenharia, um professor de Geometria Analítica fez o seguinte comentário. “Se você vê um processo e não quer coletar dados, você errou de profissão pela primeira vez, mas se você coletou os dados e não montou um gráfico, você errou pela segunda vez.” Isto não mudou desde aquele dia, mas se tornou vital. A quantidade de dados, indicadores e informações geradas por uma tecnologia é fundamental para redução de custo, aumento da produtividade e manutenção da conformidade legal. Toda a estratégia de SSMA para uma empresa, deve passar pela avaliação dos indicadores, e quando falo toda, são todas mesmo, desde plano de treinamentos, programas a plano de investimentos.”
O engenheiro nos conta que o uso das tecnologias já é uma estrada sem retorno e quem mais rápido assimila e implementa, mais se diferencia.
“A Inteligência Artificial está mudando a sociedade e deverá trazer uma nova dinâmica na identificação e gestão de riscos, por exemplo. Apesar de ainda incipiente, isto tomará o mercado em poucos anos. O SICLOPE já está trabalhando nisso e, como sempre, demonstrando seu espírito inovador no mercado.”
Paulo diz que as organizações são compostas por pessoas e pessoas são as que realmente fazem a diferença. Por isso, reforça que os profissionais de SSMA devem desenvolver a capacidade de serem o influenciador e o interlocutor destas tecnologias com a alta administração. Por essa razão, precisamos de profissionais bem formados em suas competências, pois são eles que levarão as tecnologias para as empresas.
“Creio que já tenha utilizado quase todos os softwares de gestão de SSMA. A principal dificuldade dos softwares de gestão é a parametrização, tanto para as necessidades da empresa, quanto para a sua cultura. Vejo que a geração de indicadores é uma oportunidade para estes softwares, pois são através de gráficos que as decisões são tomadas. Um entrave que sempre me desagradou foi o limite de acessos, ou seja, somente certos profissionais podem ter acesso aos dados, porém, entendo que o papel de administrador deve ser controlado, mas a gestão não pode ser limitada, todo mundo precisa e deve ter acesso. Há alguns softwares que foram tropicalizados e, fica claro pelas dificuldades em encontrar as ferramentas, que ocorreram adaptações que não são lógicas e claras para o usuário. Vejo que o SICLOPE resolveu todos os meus incômodos!”
Paulo Cesar também faz uma relação entre as áreas de segurança e meio ambiente com ESG. Hoje vemos diversos exemplos que ilustram a interconexão entre as práticas de Segurança, Saúde e Meio Ambiente e as considerações ambientais, sociais e de governança. Por exemplo, enquanto a geração de particulado (produção e dispersão de partículas sólidas ou líquidas no ar) é um problema controlado pela SSMA, ela também tem implicações diretas no ESG. Da mesma forma, questões como ruído, custos elevados com destinação de resíduos e o aumento de perdas auditivas podem afetar pelo menos uma das áreas do ESG.
O desafio que se apresenta atualmente é a integração eficaz das gestões de riscos de SSMA com os princípios do ESG. Nesse sentido, os profissionais devem estar cientes dos riscos envolvidos, permitindo que as iniciativas ESG possam operar de maneira mais eficiente. Isso inclui compreender os Aspectos e Impactos Ambientais, bem como o Plano de Gerenciamento de Riscos (PGR), para garantir uma abordagem holística e alinhada às metas de sustentabilidade corporativa.
“Para SSMA, o ESG é uma estrada sem volta, um novo conceito que traz consigo uma forma diferente de aplicar e trabalhar com SSMA. Embora entenda que os aspectos de ESG e SSMA não se misturam, há sim um papel importante de SSMA na manutenção de um selo verde, por exemplo, na relação com as comunidades e na governança da empresa.”
Para Paulo Cesar não há limite para o profissional de SSMA. Ele conta que na sua vida, tanto como gestor quanto na mentoria, presenciou casos de profissionais que chegaram com a formação de Técnico de Segurança e se tornam Gerentes para a América Latina. Outros em posições corporativas no exterior e muitos reportando-se a presidentes, inclusive fora do país.
“A posição máxima sempre foi o meu objetivo, ou seja, estou constantemente me desenvolvendo para crescer profissionalmente. Não pretendo parar tão cedo. O meu crescimento profissional permitiu que eu ocupasse no ambiente corporativo a posição de gestor de SSMA por vários anos, com diferentes atribuições e responsabilidades. Foram inúmeros desafios. Hoje eu já tenho outro desejo que é, através da minha mentoria, ensinar os profissionais de SSMA a crescerem na carreira, ganharem bem e serem referências no mercado. Antes de atuar como mentor, eu já havia desenvolvido as competências necessárias para esta posição e pretendo desenvolver outras para contribuir ainda mais para a área de SSMA.”
Trabalhar na área de Segurança, Saúde e Meio Ambiente requer uma combinação única de habilidades e competências. É uma área que exige dedicação, comprometimento e um profundo senso de responsabilidade. Ao desenvolver e aprimorar essas competências, os profissionais de SSMA estarão mais bem preparados para enfrentar os desafios e oportunidades que surgem em suas carreiras. Mais importante ainda, estarão contribuindo para criar ambientes de trabalho seguros, saudáveis e sustentáveis para todos.
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